No filme acompanhamos como a vida de Truman é manipulada e transmitida diariamente por 24 horas, desde seu nascimento; bem como as diversas estratégias que garantem o sucesso dos realitys shows.
Entre essas estratégias encontramos roteiros organizados que administram as atitudes do personagem principal, manipulando suas decisões através de acontecimentos planejados e da influência programada do elenco, principalmente da esposa e do melhor amigo. Essas estratégias são elaboradas pelo diretor-criador, baseadas na audiência e anúncios, o que demonstra a soberana vontade da mídia patrocinadora, configurando a imagem do “diretor-Deus” que controla Truman como seu fantoche.
A reflexão se aprofunda quando percebemos que o “herói” se sente preso e anseia por extrapolar os limites de sua vida, estimulado pela lembrança do encontro com Silvia, amor proibido, pois não foi planejado; e pelo reaparecimento de seu pai, ”morto” propositalmente num afogamento criando um trauma que impede Truman de sair da cidade cinematográfica. Assim, o personagem começa a tomar consciência de sua rotina repetida e das atitudes estranhas da esposa entre outros, que fazem merchanding. Enfim, sua liberdade é conquistada mediante fascínio dos telespectadores que vivem “grudados” na televisão.
Esse fascínio descrito é vivenciado realmente nos diversos programas televisivos que expõem a rotina e o ser humano, vide os exemplos de sucesso das nove edições de Big Brother Brasil ou mesmo da recente A Fazenda, todos programas que manipulam as atitudes das pessoas através de jogos/conflitos/festas e bebidas tudo programado pelo diretor/criador “DEUS televisivo” e reforçado pelo narrador/apresentador.Enfim, visualizamos as estratégias de publicidade que patrocinam o consumismo e principalmente pudemos perceber como a manipulação televisiva é cruel ao estimular atitudes/ideias e ao manipular a vontade dos personagens dos reality shows, influenciando também a opinião dos telespectadores passivos.
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