Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 2


Relatos do projeto Arte e Matemática:




11º Para pesquisar e saber mais sobre a autora:   http://www.tarsiladoamaral.com.br/

Neste site além da biografia e da galeria de Tarsila do Amaral podemos encontrar um link para jogos infantis. Lá encontramos o quebra-cabeça do quadro GARE, que como dizemos não foi possivel aplicar na sala de aula.

10º AVALIAÇÂO:
PONTOS POSITIVOS (FACILIDADES):


Podemos apontar como facilidade o relacionamento com a turma em que realizamos o trabalho. Os alunos se mostraram interessados e parceiros do projeto. Foi muito interessante perceber o envolvimento deles com o tema, e a possibilidade de realização de diálogos a partir do tema estudado, que era a geometria, que eles gostavam.

Percebi ainda muita disposição para as aulas de Arte, demonstrando que os alunos gostam dessa disciplina e procuram interagir em suas aulas.

PONTOS NEGATIVOS (DIFICULDADES):

Acho que a principal dificuldade é em relação ao material para realização das atividades, já que foi necessário que o responsável pelo projeto providenciasse o material, já que a escola não dispunha para todos. Assim, foi necessário trazer as tintas guache, os pinceis, o papel canson, o giz de cera (que não deu para todos os alunos).

Outra dificuldade é em relação à auto-estima dos alunos, pois em alguma atividade foi necessário oferecer modelos, já que os alunos afirmavam que não dariam conta de realizar a atividade de criação. Isso está relacionado também com a insegurança na produção, em admitir que nem sempre nossos trabalhos saem com perfeição, que é necessário a pratica para a conquista de melhorias.

E por fim aponto como dificuldade o pouco tempo destinado ao projeto, já que não foi possivel aplicar tudo o que planejamos, como é o caso do "quebra-cabeça". Acho que é importante num próximo momento repensar sobre o tempo previsto e as atividades desenvolvidas.

CONCLUSÃO:

A realização deste projeto foi satisfatória, já que envolveu os alunos na descoberta da relação entre Arte e Matemática, e no conhecimento da Tarsila do Amaral e algumas de suas obras. Percebi que com essa descoberta os alunos puderam compreender melhor as formas geométricas planas, pois muitas das características das mesmas foram consideradas.

Outro ponto importante para o desenvolvimento deste projeto é em relação com ao envolvimento dos alunos com a Arte. Percebi o quanto eles apreciam essa disciplina.

Enfim, acredito que a realização deste foi um sucesso.






9º sexta aula do projeto:
A exposição dos trabalhos não pode acontecer no dia da reunião de pais, então deixamos exposto no pátio escolar para que todos os alunos da escola pudessem apreciar. Os alunos se sentiram importantes realizando a exposição dos trabalhos. Inclusive eles ajudaram a construir a mesma.


Veja algumas imagens:




8º quinta aula do projeto:
Na aula seguinte, propus então a finalização do projeto, onde os alunos deveriam recuperando tudo o que havíamos estudado desenvolver uma produção livre utilizando as formas geométricas. Expliquei que eles poderiam realizar uma paisagem ou outra produção que eles tivessem vontade, poderia ser estimulada pela obra de Tarsila do Amaral, ou por obras que eles fizeram durante o processo. Fui um momento de liberdade para criar, por isso procurei deixar os alunos à vontade, pedindo para recuperar no caderno de desenho o que havíamos feito, e para conversarem entre si. Em seguida distribui a folha de papel canson, e expliquei que eles iriam fazer um modelo com lápis de cor e depois iriam pintar com guache, os alunos adoraram a proposta. Percebi que eles gostam bastante de usar o pincel.


Assim, eles começaram a traçar seu desenho. Pedi então para que eles pensassem na cor, pois isto é uma etapa muito importante do processo. Pedi para lembrarem-se dos trabalhos de Tarsila que são muito coloridos.

Em seguida dei um pincel para cada aluno e coloquei na frente uma carteira com um copo de água e um pano para limpar o pincel. Dividi a sala em grupos com cinco ou seis alunos e dei para cada grupo um conjunto de tinta guache, composto por seis cores. Expliquei que se eles quisessem seria possível criar novas cores, e eles me informaram que já sabiam disso.

A atividade flui com tranqüilidade e muito entusiasmo, os alunos se mostraram alegres. Sempre me mostravam seus trabalhos, esperando um incentivo. Procurei dar algumas orientações, como a questão de pintar sempre usando um direcionamento. Depois os alunos puseram o trabalho no fim da sala para secar. Cada aluno procurou organizar a sala de aula, lavando seus pinceis e limpando a carteira quando necessário. Percebo que essa atividade foi um sucesso.

Veja algumas fotos:





7º quarta aula do projeto:
Na aula seguinte a proposta era a criação de uma paisagem usando formas geométricas. Os alunos tiveram um pouco de dificuldade, então fiz um exemplo na lousa, mostrando que em um coqueiro poderíamos realizar usando triângulos para formas as folhas, ou retângulo para formas o tronco. Os alunos tinham que imaginar depois com o lápis realizar o desenho e por fim pintar. A proposta era a utilização do giz de cera, entretanto como os alunos não possuíam e não tinha para emprestar para todos permiti que eles fizessem usando o lápis de cor mesmo. Percebi certa insegurança nos aluno em criar a partir de uma paisagem. Houve alguns momentos de resistência, “eu não sei fazer, não”, “ é muito difícil”. Porém, depois do exemplo que forneci percebi que a atividade fluiu melhor.

Veja alguns exemplos:



6º Terceira aula do projeto
Na aula seguinte recuperamos algumas características das formas geométricas, o que auxilio os alunos, pois esse é um conteúdo cobrado na PROVA BRASIL, que eles irão realizar neste ano. Os alunos mostraram bastante domínio neste conteúdo. Dessa forma a aula foi dialoga e não expositiva, pois eu perguntava para os alunos sobre as características e eles respondiam, como por exemplo, dos quadriláteros que possuem quatro lados, cujos ângulos internos diferenciam-se conforme o tipo, existindo o quadrado (quatro ângulos retos), o losango, etc. Em seguida pedi para os alunos, utilizando a régua e a folha colorida que havia disponibilizado traçarem as figuras planas mais comuns. Eles desenharam o quadrado, o retângulo, o losango, o circulo e o triangulo. Em seguida pedi para os alunos recortarem as figuras e montarem o desenho que eles quisessem. Fiquei encantada com a criatividade deles, pois surgiram desenhos muito originais, e coloridos. Vejam:

5º Segunda aula do projeto:
Dando seqüência ao trabalho, propus que os alunos a partir da exposição de imagens da Tarsila do Amaral fizesse uma releitura. Os alunos escolheram a obra A GARE, e cada um reproduziu da forma que compreendeu a obra, ou parte dela. Essa atividade foi desenvolvida em folha de sulfite A4 e com a utilização de lápis de cor.

Veja algumas imagens:



4º- Primeira aula do projeto:

Nesta primeira aula iniciei explicando como seria o projeto e pedindo para os alunos imaginar como seria a relação entre Arte e Matemática. Foi muito interessante porque alguns alunos citaram inclusive a aproximação das formas geométricas nas obras de artes. Neste momento, comecei a observar os conhecimentos prévios que os alunos possuíam sobre o tema. Aproveitei o momento para perguntar quais as formas geométricas que os alunos conheciam. Eles citaram os sólidos geométricos: cubo, prisma, pirâmide, cone, cilindro, paralelogramo, e também citam as formas planas (polígonos) o quadrado, o triângulo, o retângulo e o circulo.

Apresentei então a tirinha que produzi que fala sobre a relação entre a arte e a matemática, e discutimos essa relação. Foi uma atividade oral muito interessante, pois os alunos destacaram aspectos interessantes como “as pirâmides sendo uma das maravilhas do mundo” , em referências as pirâmides do Egito.
Tirinha utilizada para mostrar a relação entre arte-matemática

Questionei então se eles conheciam algum artista que trabalhava com essa temática e nenhum deles citou nenhum nome. Então perguntei se eles conheciam a pintora chamada Tarsila do Amaral, uma criança lembrou de um teatro que teve na cidade que se denominava “As cucas de Tarsila” que era inspirada nas obras e personagens criados pela pintora.

Mostrei para eles uma foto montagem com algumas das obras de Tarsila que iria utilizar. Esse material foi projetado na parede (data show). E o intuíto foi realmente apresentar essas obras e deixar a livre observação:
foto montagem mostrada aos alunos

Então mostrei uma imagem da autora, e depois explique sobre a biografia dela, mostrando um video o you tube que fala dessa imagem. O video está disponivel no endereç(
http://www.youtube.com/watch?v=QLbMnQBMO4c



Em seguida, num outro dia trabalhei com os alunos um texto que fala sobre a autora (anexo 4) e depois fizemos uma análise textual do texto.

Professora explicando a biografia de Tarsila.
Professora mostrando uma obra de Tarsila.



3º Contato e reconhecimento da escola em que será aplicado o projeto:

Algumas imagens da Escola Marlene Carboni Pereira, onde será aplicado o projeto:

Crianças no pátio

Sala do 5º ano em que será aplicado o projeto.

Crianças do 5ºano em que será aplicado o projeto.

Entrada da escola.


Pátio da escola

Sala de aula

Sala de Aula

Refeitorio

refeitório 2

Sala de aula 2


2º Passo: elaboração do projeto:


Título e autoria: Arte também envolve matemática: Quer ver só?


Projeto Interdisciplinar entre Arte e Matemática desenvolvido com crianças de 5º ano



1. Apresentação:

Considerando todo o universo artístico presente nas escolas brasileiras, que se traduz em diferentes atividades artísticas, viemos por meio deste projeto estabelecer o diálogo entre duas disciplinas curriculares: Arte e Matemática.

A Arte, considerada a partir da perspectiva da arte-educação, pode ser caracterizada, de acordo com os parâmetros Curriculares Nacionais- PCN´s (MEC, 1998), como uma disciplina que desenvolve-se através da compreensão e produção artística “propiciando o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana (...)”. Entre os conteúdos a ser trabalhados destacamos “elementos básicos das formas artísticas, modos de articulação formal, técnicas, materiais, e procedimentos na criação em arte”; e “ a diversidade das formas de arte e concepções estéticas da cultura regional, nacional e internacional: produções, reproduções e suas histórias”. (PCN´s- Arte, 1998, pág 57.)

Já a matemática, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC/1998) pode ser definida como a ciência que trabalha com a lógica, com as regularidades e com o raciocínio, permitindo o desenvolvimento do ser humano a partir das relações lógico-matemáticas, através do estudo dos números e sua representatividade, das medidas, dos espaços, das formas, e da relação entre elas. Entre os conteúdos previstos no trabalho matemático, destacamos “blocos de conteúdo: espaço e forma”, que prevê o desenvolvimento de um “tipo especial de pensamento que lhe permite compreender, descrever e representar, de forma organizada, o mundo em que vive”. (PCN´s, 1998, pág. 55)

Neste sentido, pretendemos realizar um trabalho interdisciplinar que procure relacionar os conteúdos matemáticos em relação á “forma e espaço”, principalmente as formas geométricas e a noção de perspectiva a partir da linguagem artística da pintura, desenvolvendo um trabalho que utilize como base de artística conceitual a pintura “Tarsila do Amaral”, e alguns de seus quadros modernistas,bem como, explicitar as propriedades matemáticas presentes entre os polígonos e nos sólidos geométricos, estimulando a compreensão desse conteúdo.



2. Motivação:

Esse trabalho foi motivado primeiramente pela aproximação que a responsável pelo mesmo, possui em torno das disciplinas envolvidas no mesmo. Em segundo lugar, pela importância que os elementos de “espaço e forma” possuem na compreensão e produção artística, pois o mundo que nos rodeia pode ser representado por meio dessas formas, bem como, no próprio desenvolvimento e compreensão da Matemática. Assim, aliar Arte e Matemática num projeto na verdade é elucidar uma relação que já acontece e que muitos artistas destacam. Por fim, percebemos que a previsão em torno dos resultados são motivacionais, já que acreditamos que o projeto poderá contribuir para que os alunos desenvolvam uma percepção criativa geométrica.



3. Objetivo:

• Compreender a relação entre arte e matemática a partir da pintura de Tarsila do Amaral.

• Identificar o uso das diversas formas geométricas como componentes artísticos na pintura.

• Reconhecer as características comuns entre os polígonos, reconhecendo quando ao número de lados, tipos de ângulo e tamanhos.

• Analisar, considerando o contexto e as formas geométricas, o trabalho da pintura Tarsila do Amaral.

• Estimular a produção artística com uso de elementos geométricos na pintura.

• Utilizar as formas geométricas em produções artísticas próprias.



4. Público alvo:

O presente trabalho se dirige aos alunos do 5º ano escolar da Escola Municipal prof.ª Marlene Carboni Pereira, na cidade de Barretos. Os alunos possuem entre 10 e 12 anos e possuem em seu currículo escolar a previsão de 2 aulas semanais de Arte, que serão utilizadas para o desenvolvimento deste projeto, bem como, se utilizarão as aulas de matemática.c



5. Metodologia:

Iniciaremos o trabalho apresentando as formas geométricas, apresentando os os polígonos e os corpos redondos e suas respectivas definições, bem como, no caso dos polígonos, as características quanto ao número de lados, a denominação, os tipos de ângulos, comparando as diversas propriedades. Pra isso será necessário uma aula expositiva, onde recuperaremos essas questões matemáticas. Em seguida, questionaremos os alunos sobre a relação das formas geométricas, dos polígonos e corpos redondos com o trabalho artístico. Nesse momento estaremos levantando os conhecimentos prévios que os alunos possuem sobre o conteúdo. Dessa forma orientaremos a discussão para que os alunos cheguem a conclusão de que as formas geométricas podem são utilizadas na pintura também.

Em seguida apresentaremos alguns quadros de Tarsila do Amaral onde são utilizados formas geométricas. Os quadros utilizados serão “A gare” (1925), “ A feira” (1924) “ o Mamoeiro (1925), “São Paulo”(1924), “EFCB (Estação Central do Brasil)” (1924). Essa apresentação usará como recurso o power point, para que os alunos observem os quadros livremente, em seguida realizaremos um pequeno momento de exploração oral, onde os alunos dirão suas primeiras impressões sobre os quadros. Em seguida apresentaremos a biografia da autora dos quadros e faremos a explanação sobre o movimento á qual a autora se aproxima, ou seja, exploraremos as características do Modernismo Brasileiro, os alunos irão anotar suas principais características. Nesse momento também apresentaremos algumas obras da pintura que são famossas como “Abaporu”, “ A negra”, etc.

Em seguida explanaremos sobre o uso da formas geométricas planas em suas pinturas esclarecendo que a pintura de Tarsila do Amaral foi influenciada pelas ideias de Picasso (fase pau-brasil) e tornou-se cheia de formas geométricas, lembrando o movimento cubista. Apresentaremos em linhas gerais os principais pontos do movimento “cubista”.

Em seguida, estudaremos a obra “A gare” observando suas formas, as cores e a harmonia que ela constroem, se for preciso explano sobre a teoria das cores, os recursos utilizados, a percepção visual presente na mesma, a composição das formas geométricas, etc. Farei a apresentação do contexto em que a obra foi pensada. Em seguida, pediremos que os alunos usando papel colorido, recorte formas geométricas diversas e usando colagem e pintura com lápis de cor, procurem realizar uma “releitura” da obra de Tarsila “A gare”.

Dando sequencia apresentaremos uma folha de papel canson e pediremos que os alunos criem a sua obra mesclando as formas geométricas. Nesta fase o trabalho realizado será dividido em três momentos diferentes. Num primeiro os alunos irão preparar a sua pintura, fazendo um esboço com lápis HB. Deixaremos claro que nesse planejamento é importante que os alunos visualizem a obra como desejam construir. Em seguida pediremos que os alunos pensem nas cores utilizadas, novamente planejando pensando na harmonia das cores e numa composição viva. Por fim os alunos irão pintar o projeto artístico, utilizando tinta acrílica e pincel. Neste momento, estarei orientando que é necessário que os mesmos pensem na forma e no direcionamento da pincelada. Para acabamento estarei providenciando filetes de madeira, bem finos, que imitam uma moldura.

Para finalizar o trabalho os alunos irão realizar uma pequena exposição dos trabalhos para que seus pais possam observar o resultado final.



6. Instrumentos, materiais e técnicas a serem utilizados:

Serão necessários:

• Apresentação em power-point das obras da autora. E uma sala áudio-visual.

• Reprodução do quadro “A gare” em tamanho de A4.

• Pesquisa bibliográfica e conceitual sobre Tarsila do Amaral.

• Papel sultite, papel color-set, tesouras, colas, tintas guache, lápis de cor, e tinta acrílica, pinceis, lápis HB.

• Papel canson tamanho A4, filetes de madeira para acabamento.



7. Referências de conceitos, artistas, projetos, obras :

Neste trabalho serão trabalhados os seguintes conceitos:

• As formas geométricas planas- conceito de polígonos: que serão trabalhados através da explicação e manipulação das formas, observando as características em relação aos lados, ângulos, bem como, as características dos corpos redondos.

• O período do modernismo brasileiro: o conceito será trabalhado a partir de aula expositiva e de apresentação em power-point com as principais características.

• A biografia e as influências em Tarsila do Amaral- suas diferentes fases e características, com destaque ás influências CUBISTAS: esses conceitos serão trabalhados a partir da exploração oral e apresentação da biografia, em seguida a partir da exploração visual de suas obras.

• Produção artística (pintura) e uso das formas geométricas: esses conceitos serão trabalhados a partir da observação de obras já citadas e pela produção e confecção artísticas.



8. Referências Bibliográficas:

BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1991.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais.-Arte- no ensino fundamental, (séries iniciais). 1998.

____________ Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais.- Matemática- no ensino fundamental, (séries iniciais). 1998


Autora: Fabiana Vigo Azevedo Borges

1º passo: Relacionar duas disciplina para elaborar um projeto:


Realizar um trabalho interdisciplinar é poder explorar as possíveis conexões com diferentes linguagens, objetivando a exploração de um campo educativo amplo. Dessa forma, no presente trabalho procuro relacionar Arte com Matemática, duas disciplinas bem delineadas na Educação Brasileira.

A matemática, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC/1996) pode ser definida como a ciência que trabalha com a lógica, com as regularidades e com o raciocínio, permitindo o desenvolvimento do ser humano a partir das relações lógico-matemáticas, através do estudo dos números e sua representatividade, das medidas, dos espaços, das formas, e da relação entre elas.

Já Arte, é uma disciplina presente em todo o ensino básico que procura desenvolver as diferentes linguagens artísticas (dança, música, artes visuais e teatro) e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de dar sentido à experiência humana.

Ao relacionar as duas encontro um ponto de “intersecção” importante que é as “figuras geométricas na Arte”, e nesse aspecto destaco os trabalhos da grande artista brasileira Tarsila do Amaral, pois ela permite a criação utilizando as formas geométricas do cubismo e as cores locais, valorizando a nossa tradição e a nossa cultura.

Sendo assim, escolhi o texto “Apreciação da obra de arte- a proposta triangular” de Raimundo Matos de Leão. Nesse texto o autor apresenta um histórico a fim de contextualizar a proposta triangulas da arte-educadora Ana Mae Barbosa. Por essa proposta vemos que é importante que os educandos se desenvolvam a partir de três pilares: conhecer arte (história da arte), apreciar arte (análise da obra artística) e fazer arte (que é a criação). O mesmo autor também apresenta o “método multipropósito” de Robert Saunders, que não nos deteremos nessa nossa análise.

O autor exemplifica a proposta triangular apresentando a análise do trabalho de Tarsila do Amaral, segundo afirmação do autor



“Tarsila acrescenta à geometria do cubismo ‘a cor local’ e as linhas sinuosas da tradição barroca, fazendo o Brasil dialogar com o mundo através das correntes e dos estilos artístico em voga” (Leão, 2003, pág. 4)



Ou seja, a partir do conhecimento de alguns trabalhos de Tarsila, como por exemplo “A GARE”, o professor tem diante de si inúmeras possibilidades, onde pode explorar as próprias formas geométricas e o significado delas para a harmonia da obra como um todo. Também, deve apresentar aos alunos o contexto em que a mesma foi criada e a sua significação, permitindo aos alunos que desenvolva-se artisticamente valorizando a nossa cultura artística.

Com o uso das formas geométricas, com diferentes estratégias, oferecemos aos educandos um universo possível de criação, já que as formas geométricas por si só permitem diferentes composições harmônica. Nesse sentido, é importante que o após o trabalho de contextualizar, e apreciar a obra, o professor estimule seus alunos na etapa denominada “fazer artístico”, já que através dela o aluno deve experimentar o prazer da criação. Nesse trabalho é importante que o professor “liberte” os alunos da amarra de conceitos solidificados como é o caso da “beleza”, afinal o ato de criação quando livre de conceitos sociais permitem criatividade. Assim, também o professor estará trabalhando a estética.

Nesse trabalho a matemática estará presente além das formas geométricas na própria proporção e composição da obra de arte, destacando que seus conceitos podem organizar melhor a própria estrutura da obra.

Autora: Fabiana Vigo A. Borges


Referências Bibliográficas:

MEC. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasil, 2006.



Leão. A Apreciação da obra de arte- uma proposta triangular. In Revista de Educação, ano 11, Salvador: dez/ 2003.