domingo, 30 de maio de 2010

Video-performance

Neste video registro a minha performance, durante o caminho de casa até o poloa UAB.


Para quem quiser conferir o resultado no you tube o endereço é:

http://www.youtube.com/watch?v=Cms-YyjjW6o

Caminho íntimo....


Resolvi realizar a minha performance, a partir de uma postura de diferenciação do olhar, rompendo com minha visão cartesiana do caminho que percorro semanalmente até o pólo.
Assim, escolhi o período do sábado de manhã, por volta das 8hs, quando o trânsito de minha cidade ainda está bem calma, e de posse de uma máquina fotográfica fui de dentro do carro registrando, quase minuto a minuto o meu percurso, e assim criando um “outro caminho”, cheio de possibilidades e inúmeras curiosidades.
Fiz minha performance de dentro do carro, a partir do ponto de apoio do volante. O fato de estar com uma máquina na mão e andando a baixa velocidade (performance) chamou atenção de muitas pessoas que aparentemente ficavam instigadas, não pude saber exatamente pois estava envolvida com a dinâmica.
Consegui cerca de 40 fotos, que ilustram uma perspectiva nunca antes percebida, ângulos novos, pontos e formas diferentes... Acho que porque sempre atentos ao trânsito nunca paramos para observar o nosso caminho, o íntimo presente nos detalhes, nas pequenas coisas.
Depois de transferir as imagens no computador e devido ao fato de no ambiente não agüentar o arquivo completo fiz uma compilação colocando 123 fotos que foram significativas para mim, e que demonstram um pouco disso.
Após a realização desta atividade pudemos refletir um pouco no encontro presencial, onde discutimos com nossos colegas e analisamos as possibilidades. Percebo que esta atividade é significativa, pois me permite experimentar novos olhares e novas formas de enxergar o mundo que nos rodeias, exercitando a poesia artística, a beleza poética que está em nosso cotidiano e que muitas vezes se torna invisível devido a correria do dia- a-dia.
Consigo perceber que a criação artística não precisa estar ligada as regras de movimentos, precisa ser sentida, ser vivida, ser experimentada... para então ser compreendida. E ao final dessa atividade posso afirmar quando é prazeroso criar, observar, se diferenciar... é um processo algumas vezes tortuoso e profundo, mas a liberdade da criação de enche de vigor..., entretanto ao final dessa caminhada busco a compreensão, como disse Schwitters: “Esta é minha herança para o mundo, e não me aborreço que ele ainda não me possa compreender”. (Fabiana Macchi: Schwitters, o dadaísta que era Merz. Acesso em 21 abr.2010)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Avaliação em EaD: Educação á Distancia

A avaliação é essencial na Educação, em todas as modalidades, pois fornece as informações necessárias sobre a aprendizagem, possibilitando informações sobre o processo e principalmente permite a observação em relação ao alcance dos objetivos, orientando, assim, à ação pedagógica, o planejamento e a execução a partir da reflexão.
Segundo Domingues (2006) ”a avaliação é um elemento fundamental do processo ensino e de aprendizagem e é considerada uma das questões mais delicadas da prática docente. Visa à reflexão, estabelecimento de objetivos e metas e o planejamento a serviço da aprendizagem”. (Ibidem, pág1)
Sendo assim, percebo que no ensino na modalidade presencial, por haver contato direto com os alunos, alguns professores assumem a função de avaliador sempre comprometido com a aprendizagem, observando todo o processo e não apenas as provas bimestrais.
Neste sentido, no ensino presencial as avaliações normalmente realizadas, caracterizam-se diferentemente conforme seus objetivos. Há a avaliação diagnóstica, que observa qual o ponto de partida na aprendizagem; há a avaliação somativa, que visa quantificar a aprendizagem a partir de atributos como certo e errado, essa avaliação normalmente é realizada a partir de testes ou do acerto e erro. E por fim, há a avaliação formativa, que permite ao aluno refletir sobre seu processo de aprendizagem, aprendendo sobre o seu erro, dialogando com o conhecimento, construindo a sua aprendizagem, buscando sempre a argumentação e a coerência e não apenas o certo e o errado.
Ao observar as possibilidades de utilização destes tipos de avaliação na modalidade de EaD, é necessário repensar suas diferenças, afinal na modalidade á distância, não há o contato “olho no olho”, não há a subjetividade no tom de voz, que permite ao professor muitas vezes compreender o que está implícito numa pergunta ou num questionamento.
Porém, na EaD há a possibilidade do diálogo escrito, baseado em reflexões e leituras. A comunicação, nesta modalidade pode ser assíncrona ou síncrona, porém com qualidade e com conteúdo. E assim, possibilitar um processo de ensino-aprendizagem profundo e enriquecedor, que desenvolve a aprendizagem real em seus alunos.
Sendo assim, a avaliação também faz parte do processo de ensino-aprendizagem da EaD, e de acordo com Domingues (2006), esta deve ser um processo contínuo, de modo a provocar e promover uma aprendizagem significativa.
Segundo Hopper (1998) citado por Domingues (2006),
“avaliar e acompanhar o aprendizado do aluno em um curso a distância não são tarefas triviais, pois envolvem, além das teorias pedagógicas sobre as quais os professores estruturam seus cursos, questões tecnológicas, como autenticação e rastreamento do aluno e apoio à tomada de decisão por parte do professor, mediante situações problemáticas na dinâmica de ensino−aprendizagem. Para o professor, a avaliação tem com objetivo principal repensar todo o processo de aprendizagem, as estratégias e ferramentas, ou seja, todo o processo, e, quando necessário, corrigir possíveis falhas” (Ibidem, pág 2)

Sendo assim, e considerando o tutor, nessa modalidade de ensino, como o profissional que orienta os alunos em suas dificuldades e questionamentos, atuando diretamente com os alunos e sua aprendizagem, a avaliação faz parte de suas funções.
Dessa forma uma das possibilidades da avaliação, conforme já destaca Domingues (2008), é o fórum de debate e discussões, pois este é uma ferramenta, dentro do ambiente virtual, que permite a interação e a reflexão a partir de um conteúdo pré-determinado e de questões preestabelecidas. Se tornando assim um instrumento de avaliação, tal qual as atividades (tarefas) individuais que cientificamente permitem a síntese do conteúdo e a aprendizagem do aluno.
Dessa forma os fóruns e algumas atividades das primeiras semanas do curso, podem permitir a avaliação diagnóstica, quando propõe o posicionamento inicial, baseado no conhecimento prévio dos alunos em relação ao tema, levando assim, a um planejamento onde os tutores busquem estratégias e proponham um direcionamento no debate que permita o crescimento do grupo, e a aquisição de um novo conhecimento.
Pode também se configurar como uma avaliação somativa quanto é destacado apenas a verificação do conhecimento adquirido pelas leituras, e debates. Neste sentido, o fórum se configura como um espaço para posicionamento e observação do que está correto ou errado e distanciando-se do espaço interativo com a troca de conhecimento entre os alunos, e a construção do conhecimento. Outra forma de avaliação somativa é a ferramenta que permite questionários on-line, onde os alunos responde questões de alternativas sendo apena uma a correta.
Entretanto, ao compreender o fórum com um espaço onde a interação e a construção do conhecimento seja a premissa essencial podemos então considerar a avaliação formativa, onde o tutor participa ativamente do fórum, realizando um debate e direcionando-o para o crescimento. Nesta perspectiva avaliativa o importante não é acertar..., pois o importante é a participação e a coerência entre as interações e o conhecimento.
Assim, além dos fóruns as tarefas- atividades individuais, podem permitir essa formação individual, e o crescimento intelectual, principalmente se considerarmos a “devolutiva” a correção realizada pelo tutor, que direciona a melhoria ou permanência da ação discente visando o aperfeiçoamento e aprendizagem.
Seja qual for a perspectiva avaliativa e a modalidade de ensino é importante pautar a ação em objetivos claros e precisos e no compromisso com a aprendizagem, já que a avaliação como disse Luckesi, não pode ser instrumento de exclusão ou reprovação.(citado por Domingues- 2006).
Em suma, na avaliação da modalidade de EaD é imprescindível um trabalho do tutor que privilegie a construção do conhecimento e a interação e troca de informações, através dos diálogos presentes no fórum. Assim, é importante considerar os aspectos quantitativos, como números de participação no fórum, como os aspectos qualitativos, como a qualidade da participação, como a coerência e a relação da participação com o conteúdo e proposta do fórum ou atividade.
Referências Bibliográficas:

DOMINGUES Elidiani. Avaliação de fóruns de discussão. 2006 disponível em http://www.lanteuff.org/moodle/course/view.php?id=257.