domingo, 8 de junho de 2008

Resenha: NOvas mídias na arte contemporânea


Universidade Aberta do Brasil - Universidade de Brasília - UAB/UnB
Curso: Licenciatura em Artes Visuais
Disciplina: Tecnologias Contemporâneas na Escola 1
Professor: Christus Nóbrega
Tutores: Vinicius Pinto Correa / Ana Cláudia Neif Sanches
Aluna: Fabiana Vigo Azevedo Borges Turma: Arv



Resenha Crítica: Novas mídias na arte contemporânea. Michael Rusch

No presente texto, o autor apresentará algumas práticas computadorizadas que vários artistas representativos estão usando para produzir arte digital, modificando as formas tradicionais.
Sendo assim, Rusch afirma que a Arte, como um todo, está em constante evolução, principalmente se considerarmos as possibilidades que surgem com a Era digital. Hoje não basta uma concepção simplista, já que o uso da tecnologia permite o ilimitado, imagens jamais imaginadas, nas palavras de Rusch “a arte digital é um meio mecanizado cujo potencial parece ilimitado”.
Historicamente, Michael Rusch nos cita o ensaio de Walter Benjamin, sobre a obra de arte na era da reprodução mecânica, escrito em 1935, que seria o percussor sobre as possibilidades digitais, um de seus questionamentos, salvo a evolução da época, nos força a pensar sobre a função da pintura a partir do surgimento da fotografia. Benjamim, ainda levantou questões sobre a autoria e sobre a singularidade do objeto de arte cuja”aura” se perde na reprodução.
Neste sentido, “a tecnologia digital, cuja ferramenta básica é o computador, abrange todas as áreas da arte contemporânea tecnologicamente envolvida (...). O novo poder que a tecnologia digital confere à imagem a torna infinitamente maleável”, tornando-a dessa forma dinâmica, flexível, interativa; pois “os conhecimentos visuais não mais se limitam ao “objeto” eles precisam abranger o universo fluido, sempre mutável, que existe dentro do computador e o novo mundo que o computador facilita: um mundo artístico interativo que pode ser virtual em sua realidade e radicalmente interdependente em sua incorporação do “espectador” á finalização da obra de arte”.
Iniciando um novo tópico denominado “Arte computadorizada” o autor afirma que a guerra fria fomentou avanços tecnológicos rápidos, e ainda apresenta os p´rimeiros artistas que se aventuraram nesta nova realidade. São eles: Michael NoU, Frieder Nake e Georg Nees, etc. Nesta nova realidade, a 1ª exposição em 1965 na galeria Howard, sobre arte computadorizada estimula o debate “isto é arte?”. Porém, no ínicio, o computador foi usado para copiar efeitos estéticos, facilmente obtidos com o us de meios de expressão convencionais. Esse movimento foi vivido também por artistas da área de música, de cinema, etc.
Na história do computador podemos observar que outras inovações tenham ocorrido na arte computadorizada na década de 1970, mas somente nos anos 80 , os computadores tornaram-se mais acessíveis e começaram a ser usados por um amplo espectro de artistas, inclusive por aqueles cujo trabalho principal era realizado em outros meios de expressão. O crescimento da arte computadorizada pode ser observado na ampla faixa de gráficos computadorizados, animação, imagens digitalizadas, esculturas cibernéticas, shows de laser e eventos cinéticos e de telecomunicações.
No texto também há espaço para a discussão da fotografia alterada digitalmente, gerando uma nova onde de manipulação digitalizada. Sob este prisma, Rusch cita alguns artistas, entre eles Keith Cottinghan, Victor Burgin e outros.
Para alguns críticos a arte computadorizada não possui profundidade de interesse, é monótona, superficial em seus truques. Para Coleman (americano citado por Rusch) ‘ de maneira geral, temos sinos, apitos e botões para apertar: tudo aqui zumbe, tilinta cintila, liga e desliga.”
Sobre a Arte na Web, Rusch aponta-a como campo do artista em constante expansão, e cita como exemplo a “arte interativa” que requer a participação do expectador para ser completar.”
Enfim, a arte na Web é um fenômeno recente, surgindo os primeiros movimentos na decáda de 90. Essa arte, apesar da sofisticação incorpora em grande parte imagens desenvolvidas fora do computador e depois nele introduzidas por um scanner ou equipamentos digital de vídeo. Entre os artistas da Web destaca-se Jonh Simon, entre muitos. Outro que merece destaque é Jenny Holzer com sua obra denominada “ Por favor, mude suas crenças”.
Atualmente encontramos alguns museus e pesquisas que patrocinam a arte na Web, como o Museu de Arte contemporânea de Montreal, que patrocina uma página na Interne contendo dezenas de links para arte na Web (http://www.media.macm.gc.ca/).
Para Rusch, não resta dúvida que para o desenvolvimento da Arte na Web o design gráfico tem função essencial, existindo uma parceria entre artista manuais e artistas computadorizados.
Um dos princípios da Web é o movimento, o “continuar se movimentando”, impermanência radical da interatividade, onde o tempo e o espaço não são separados pela distância geográfica, possibilitando a Interação Mundial, e a popularização da arte.
Neste sentido, podemos observar exemplos de obras realmente participativas. E para isso Rusch busca historiar as tentativas de interação mostrando formas típicas, tais como “tríptico”. Essa nova forma de participação ainda depende dos caminhos permitidos no programa, “obviamente, o conteúdo disponível para escolha permanece nas mãos do artista, mas o que os participantes fazem com ele tem muitas variações.” Dentro da arte digital interativa temos como exemplo, Lynn H. Leeson, Ken Feingold, Karl Sims, entre tantos.
Quanto a realidade virtual percebemos uma nova possibilidade, já que o “aspecto ainda passivo de observar a tela é substituído pela imersão total em um mundo cuja realidade existe contemporaneamente com a do observador.’ Temos uma nova experiência tridimensional em que o usuário com a ajuda de dispositivos vivencia um mundo simulado que parece reagir a seus movimentos. Com isso criamos novos limites para a dança, o cinema, a arte visual, a música. Porém, ainda há um preconceito em relação ás fortalezas artísticas usuais como museus ou galerias comerciais.
Os exemplos deste tipo de arte são citados, através do trabalho de Dan Sandin, Diane gromale, e outros.
Enfim, o autor termina seu texto concluindo que “a mudança irrefutável ocorreu na forma de se vivenciar a arte (para não dizer de sua criação). A interatividade é uma nova forma de experiência virtual. De fato, é uma nova forma de vivenciar a arte que vai além do visual e chega ao tátil, os expectadores são essenciais, participantes ativos(...), não mais meros espectadores, agora são usuários”.


Por Fabiana Vigo.

Minhas Intervenções nas obras com o progama GIMP








































Como vocês puderam ver eu me intrometi em várias obras. A verdade é que eu adorei usar o programa GIMP.