Atualmente é muito comum ouvir que o mundo está em mudança e que as novas tecnologias estão invadindo tudo e todos, criando uma nova cultura. Uma das mudanças visíveis se dá na comunicação entre as pessoas e na educação. Neste sentido, no presente trabalho teceremos uma reflexão acerca da relação entre cibercultura e ciberespaço e educação, entendendo que as tecnologias criam novas condições e possibilitam ocasiões inesperadas para o desenvolvimento das pessoas e das sociedades, sem determinar, automaticamente, nem as trevas, nem as luzes para o futuro humano.
A cibercultura é definida por Pierre Lévy como “o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos, de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” (Lévy, 1999, p.17). Já a Educação pode ser especificada, de acordo com o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, como um processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando sua melhor integração individual e social. A educação acontece em todos as instituições sociais com os diversos objetivos, porém para fins desse trabalho, optamos por nos restringir á modalidade de Educação á Distância (EAD).
Segundo Lemos (2008), a “...civilização do virtual está imersa nesse processo simbiótico entre o homem e a técnica. O processo de conversão do mundo em dados binários através das novas tecnologias do virtual, atravessa todos os aspectos da cultura contemporânea (educação, economia, política, lazer, etc.)” (pág 4). Em outras palavras, a nova geração já é diferente da geração anterior, por influência das novas tecnologias. É difícil imaginar o mundo sem a Internet (World Wide Web). Somos a civilização do virtual, não apenas por inventar, mas também por legalizar e tornar a realidade virtual algo real.
Sendo assim, devemos analisar a relação da educação com a cibercultura destacando a velocidade de surgimento e de renovação dos saberes e savoir-faire, bem como o ciberespaço que suporta tecnologias intelectuais que amplificam, exteriorizam e modificam numerosas funções cognitivas humanas, tais como, memória, imaginação, raciocínio, etc. Neste contexto, a educação se tornou algo dinâmico e possível a um número maior de pessoas, consolidando-se a Educação à Distância[1].
È possível perceber que as novas tecnologias favorecem as novas formas de acesso à informação, por meio da navegação por hiperdocumentos, pesquisa através de diversos mecanismos, simulações, comunicação em rede, entre outros.
Para Lévy
“...a EAD explora certas técnicas de ensino a distância, incluindo as hipermídias, as redes de comunicação interativas e todas as tecnologias intelectuais da cibercultura. Mas o essencial se encontra em um novo estilo de pedagogia , que favorece ao mesmo tempo as aprendizagens personalizadas e a aprendizagem coletiva em rede. Nesse contexto o professor é incentivado a tornar-se um animador da inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos” (pág. 158).
Uma das características que surgem nesse novo contexto virtual é a inteligência coletiva, que é definida por Lévy como sendo a utilização otimizada dos dispositivos digitais como a comunicação interativa e comunitária. E o ciberespaço é um dos suportes da inteligência coletiva, criando condições para seu próprio desenvolvimento, por meio do fornecimento de um ambiente propício. “O ideal da inteligência coletiva passa, evidentemente, pela disponibilização da memória, da imaginação e da experiência, por uma prática banalizada de troca dos conhecimentos, por novas formas de organização e de coordenação flexíveis e em tempo real” (pág. 167).
Em relação á educação, uma das perspectivas da inteligência coletiva é a chamada “aprendizagem cooperativa”, que fundamenta a Educação á Distância (EAD). “Fala-se então em aprendizagem cooperativa assistida por computador (...). Em novos “campus virtuais”, os professores e os estudantes partilham os recursos materiais e informacionais de que dispõem. Nesta nova realidade, os estudantes aprendem em interação com o grupo, podem participar de conferências eletrônicas e de muitas oportunidades, bem como, o papel do professor toma novos rumos, sua atividade será centrada no acompanhamento e na gestão das aprendizagens.
De acordo com Lévy (1999):
“a grande questão da cibercultura, tanto no plano de redução dos custos como no do acesso de todos à educação, não é tanto a passagem do “presencial” à “distância”, nem do escrito e do oral tradicionais à “multimídia”. È a transição de uma educação e uma formação estritamente institucionalizadas (a escola, a universidade) para uma situação de troca generalizada dos saberes, o ensino da sociedade por ela mesma, de reconhecimento autogerenciado, móvel e contextual das competências” (pág. 172)
O domínio tecnológico vai além de uma necessidade profissional, é uma necessidade pessoal, visto que através dela facilitamos nossas vidas, como o serviço de netbank por exemplo, é muito melhor pagar a conta no comodismo de nossos lares do que ter que se deslocar até o banco.
Para o professor de Artes, é fundamental tal domínio, visto que, ferramentas de criação é o não falta. Softwares para criação de folhetos, cartazes, montagens, mixagens de sons, edição de vídeos, web arte, enfim, são inúmeras as possibilidades através do Corel, Photoshop, Page Maker, e muitos outros encontrados gratuitamente.
Além dos softwares a vantagem de gravar pequenos trabalhos através de câmeras digitais, ou tirar fotos, ou usar o celular num momento exclusivo para registrar algo importante, a transformação de arquivos de texto em mp3, mp4, mp5, através softwares, para facilitar a compreensão e abrir opções para estudar, e a própria internet para tirar dúvidas instantâneas.
enfim, tudo isso são ferramentas de auxilio não só para o professor de Artes, mas para qualquer professor e aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BURGOS, Fátima. A rede é a mensagem. Apostila de EAD para os cursos de Artes Visuais, Música e Teatro. UNB, 2008.
Dicionário Básico da Língua Portuguesa Aurélio Buarque de Holanda. São Paulo: Nova Fronteira, 1988.
LEMOS, André. Bodynet e Netcyborgs: sociabilidade e novas tecnologias na cultura contemporânea. Disponível em http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/index.html.
Acessado em 04/04/2008.
LÉVY, Pierre. Cibercultura.Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: ED. 34, 1999.
[1] Os especialistas de política da educação reconhecem o papel essencial da qualidade e da universalidade do ensino elementar para o nível geral de educação de uma população. Além disso, o ensino elementar atinge todas as crianças, enquanto o ensino secundário e, sobretudo, o superior diz respeito apenas a uma parte dos jovens.
A cibercultura é definida por Pierre Lévy como “o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos, de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” (Lévy, 1999, p.17). Já a Educação pode ser especificada, de acordo com o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, como um processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando sua melhor integração individual e social. A educação acontece em todos as instituições sociais com os diversos objetivos, porém para fins desse trabalho, optamos por nos restringir á modalidade de Educação á Distância (EAD).
Segundo Lemos (2008), a “...civilização do virtual está imersa nesse processo simbiótico entre o homem e a técnica. O processo de conversão do mundo em dados binários através das novas tecnologias do virtual, atravessa todos os aspectos da cultura contemporânea (educação, economia, política, lazer, etc.)” (pág 4). Em outras palavras, a nova geração já é diferente da geração anterior, por influência das novas tecnologias. É difícil imaginar o mundo sem a Internet (World Wide Web). Somos a civilização do virtual, não apenas por inventar, mas também por legalizar e tornar a realidade virtual algo real.
Sendo assim, devemos analisar a relação da educação com a cibercultura destacando a velocidade de surgimento e de renovação dos saberes e savoir-faire, bem como o ciberespaço que suporta tecnologias intelectuais que amplificam, exteriorizam e modificam numerosas funções cognitivas humanas, tais como, memória, imaginação, raciocínio, etc. Neste contexto, a educação se tornou algo dinâmico e possível a um número maior de pessoas, consolidando-se a Educação à Distância[1].
È possível perceber que as novas tecnologias favorecem as novas formas de acesso à informação, por meio da navegação por hiperdocumentos, pesquisa através de diversos mecanismos, simulações, comunicação em rede, entre outros.
Para Lévy
“...a EAD explora certas técnicas de ensino a distância, incluindo as hipermídias, as redes de comunicação interativas e todas as tecnologias intelectuais da cibercultura. Mas o essencial se encontra em um novo estilo de pedagogia , que favorece ao mesmo tempo as aprendizagens personalizadas e a aprendizagem coletiva em rede. Nesse contexto o professor é incentivado a tornar-se um animador da inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos” (pág. 158).
Uma das características que surgem nesse novo contexto virtual é a inteligência coletiva, que é definida por Lévy como sendo a utilização otimizada dos dispositivos digitais como a comunicação interativa e comunitária. E o ciberespaço é um dos suportes da inteligência coletiva, criando condições para seu próprio desenvolvimento, por meio do fornecimento de um ambiente propício. “O ideal da inteligência coletiva passa, evidentemente, pela disponibilização da memória, da imaginação e da experiência, por uma prática banalizada de troca dos conhecimentos, por novas formas de organização e de coordenação flexíveis e em tempo real” (pág. 167).
Em relação á educação, uma das perspectivas da inteligência coletiva é a chamada “aprendizagem cooperativa”, que fundamenta a Educação á Distância (EAD). “Fala-se então em aprendizagem cooperativa assistida por computador (...). Em novos “campus virtuais”, os professores e os estudantes partilham os recursos materiais e informacionais de que dispõem. Nesta nova realidade, os estudantes aprendem em interação com o grupo, podem participar de conferências eletrônicas e de muitas oportunidades, bem como, o papel do professor toma novos rumos, sua atividade será centrada no acompanhamento e na gestão das aprendizagens.
De acordo com Lévy (1999):
“a grande questão da cibercultura, tanto no plano de redução dos custos como no do acesso de todos à educação, não é tanto a passagem do “presencial” à “distância”, nem do escrito e do oral tradicionais à “multimídia”. È a transição de uma educação e uma formação estritamente institucionalizadas (a escola, a universidade) para uma situação de troca generalizada dos saberes, o ensino da sociedade por ela mesma, de reconhecimento autogerenciado, móvel e contextual das competências” (pág. 172)
O domínio tecnológico vai além de uma necessidade profissional, é uma necessidade pessoal, visto que através dela facilitamos nossas vidas, como o serviço de netbank por exemplo, é muito melhor pagar a conta no comodismo de nossos lares do que ter que se deslocar até o banco.
Para o professor de Artes, é fundamental tal domínio, visto que, ferramentas de criação é o não falta. Softwares para criação de folhetos, cartazes, montagens, mixagens de sons, edição de vídeos, web arte, enfim, são inúmeras as possibilidades através do Corel, Photoshop, Page Maker, e muitos outros encontrados gratuitamente.
Além dos softwares a vantagem de gravar pequenos trabalhos através de câmeras digitais, ou tirar fotos, ou usar o celular num momento exclusivo para registrar algo importante, a transformação de arquivos de texto em mp3, mp4, mp5, através softwares, para facilitar a compreensão e abrir opções para estudar, e a própria internet para tirar dúvidas instantâneas.
enfim, tudo isso são ferramentas de auxilio não só para o professor de Artes, mas para qualquer professor e aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BURGOS, Fátima. A rede é a mensagem. Apostila de EAD para os cursos de Artes Visuais, Música e Teatro. UNB, 2008.
Dicionário Básico da Língua Portuguesa Aurélio Buarque de Holanda. São Paulo: Nova Fronteira, 1988.
LEMOS, André. Bodynet e Netcyborgs: sociabilidade e novas tecnologias na cultura contemporânea. Disponível em http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/index.html.
Acessado em 04/04/2008.
LÉVY, Pierre. Cibercultura.Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: ED. 34, 1999.
[1] Os especialistas de política da educação reconhecem o papel essencial da qualidade e da universalidade do ensino elementar para o nível geral de educação de uma população. Além disso, o ensino elementar atinge todas as crianças, enquanto o ensino secundário e, sobretudo, o superior diz respeito apenas a uma parte dos jovens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário