(texto escrito a partir dos estudos dos textos: Novas tecnologias e mediação pedagógica, de Masetto Mascos Tarsício, Behrens Marilda , José Manuel Moran; e ainda
Educação Informática e professores, de Eloísa maia Vidal, José Everaldo Bessa Maia, Gilberto Lacerda Santos)
É visível que estamos vivendo em um mundo imerso nas modificações, costumes que não existem mais, aparelhos e vocabulários ultrapassados, etc. Porém, acredito que a mudança mais radical seja referente à tecnologia da informação, hoje estamos inseridos numa sociedade onde o tratamento da informação não é igual aquele dado à duas décadas atrás, temos mais informação e menos aprendizado.
Essa relação informação-aprendizado reflete diretamente na educação. Afinal, não aprendemos como antes, por isso nossas escolas não devem ensinar como antes. Essa seqüência é lógica, porém de difícil aplicação, afinal nossas escolas enfrentam problemas seculares ainda não resolvidos: é o caso de muitas escolas principalmente do Nordeste brasileiros, onde as crianças vão para a escola atrás da merenda escolar. Porém o grande desafio é a democratização com qualidade no ensino, para verificar isso leia a reportagem publicada http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u16402.shtml
O cenário educacional, retrata que muitos brasileiros apesar de concluir os 8 anos do ensino fundamental (a partir de 2008 passamos a ter 9 anos de ensino fundamental), são analfabetas funcionais, não compreendem textos curtos, bem como, não operam cálculos simples. Esses resultados alarmantes vêm sendo recolhidos e comprovados através de avaliações nacionais e estaduais, como por exemplo a Prova Brasil. Podemos observar alguns destes dados no site: http://www.inep.gov.br/imprensa/noticias/saeb/news00_01.htm
As tecnologias educacionais surgem neste cenário como a solução rápida. Sobre esse assunto, Masetto (e outros) afirmam que “sem dúvida as tecnologias nos permitem ampliar o conceito de aula, de espaço e tempo, de comunicação audiovisual, e estabelecer pontes novas entre o presencial e o virtual, entre o estar juntos e o estarmos conectados a distância. Mas se ensinar dependesse só de tecnologia já teríamos achado as melhores soluções há muito tempo. Elas são importantes, mas não resolve as questões de fundo. ensinar e aprender são os desafios maiores que enfrentamos em todas as épocas (...)”
Segundo esses autores o ensino de qualidade envolve muitas variáveis:
· Uma organização inovadores, aberta, dinâmica, com um projeto pedagógico coerentes, aberto, participativo, com infra-estrutura adequada, atualizada, confortável, tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas.
· Uma organização que congregue docentes bem preparados intelectual, emocional, comunicacional e eticamente, bem remunerados, motivados e com boas condições profissionais, e onde haja circunstâncias favoráveis a uma relação efetiva com os alunos que facilite conhecê-los, acompanhá-los orientá-los.
· Uma organização que tenha alunos motivamos, preparados intelectual e emocionalmente, com capacidade de gerenciamento pessoal e grupal.
Porém o ensino de qualidade é muito caro, por isso pode ser pago por poucos ou tem que ser amplamente subsidiado e patrocinado. (idem, p. 2)
Neste sentido, se formos apontar as dificuldades para mudar na educação.encontraremos um ampla gama de fatores, desde os estruturais, falta de espaço físico adequado, mobiliário e recursos físicos e materias disponíveis, professore mal preparados, com formação precária, e com uma capacidade intelectual e de criação baixa (acesse http://letrascomunica.blogspot.com/2007/06/sobre-questo-dos-professores.html), alunos desinteressados, desmotivados, mal preparados, pais ausentes, temas de aulas desinteressantes, entre outros.
Para os autores (Maseto, e outros) podemos melhorar essa situação com algumas medidas simples, pois “um bom educador faz a diferença”. Os princípios norteadores citados por eles são:
· Integrar tecnologias, metodologias, atividades. Integrar texto escrito, comunicação oral, escrita, hipertextual, multimídica. Aproximar as mídias, as atividades, possibilitando que transitem facilmente de um meio para o outro, de um formato para o outro,. Experimentar as mesmas atividades em diversas mídias. Trazer o universo do audiovisual para dentro da escola.
· Variar a forma de dar aula, as técnicas usadas em sala de aula e fora dela, as atividades solicitadas, as dinâmicas propostas, o processo de avaliação. A previsibilidade do que o docente vai fazer pode tornar-se um obstáculo intransponível. A repetição pode tornar-se insuportável, a não ser que a qualidade do professor compense o esquema padronizado de ensinar.
· Planejar e improvisar , prever e ajusta-se às circunstâncias, ao novo. Diversificar, mudar, adaptar-se continuamente a cada grupo, a cada aluno, quando necessário.
· Valorizar a presença no que ela tem de melhor e a comunicação virtual no que tem a nos favorece. Equilibrar a presença e a distância, a comunicação “olho no olho” e a telemática. (Idem, p.11)
Neste contexto a internet surge como aliada ao ensino, oferecendo diversas formas de trabalho. Cabe ao professor planejar suas aulas se utilizando e até mesmo estimulando seus alunos a utilizarem tais meios, como lista eletrônica/fórum, aulas-pesquisas, construção cooperativa, chats temáticos, etc. Esse assunto apesar de novo está sendo amplamente estudado. Vale conferir alguns artigos disponíveis na Internet, nos: https://www.idprojetoseducacionais.com.br/artigos/Internet_Educacao.pdf e ainda http://www.comunicacao.pro.br/artcoN/interneduc.htm
Uma problemática que deve ser superada é a falta de intimida dos professores com a internet. Para Vidal (e outros) “os professores (...) foram formados em uma cultura precedentes, distanciados do manuseio da informática na vida cotidiana ou como recurso pedagógico, tecnologia essa que sequer existi nos moldes que hoje conhecemos” (pág 2)
Em suma, devemos aproveitar esse debate, no campo educacional para reorientarmos os currículos de formação de professores, bem como do ensino básico, para dinamizar a relação ensino aprendizagem e tornar a aprendizagem significativa e efetiva.
Por Fabiana Vigo
Professor das séries iniciais
do ensino fundamental em Barretos e
estudante de Artes Visuais / UAB- UNB.
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